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Especialista explica forma correta de utilizar máscaras de tecido para prevenir propagação da Covid-19

Por Carol Macedo

BARRA MANSA

O Técnico de Segurança do Trabalho e especialista em microbiologia, Evandro Dal Pietro Gianuzzi, falou ao A VOZ DA CIDADE sobre as máscaras caseiras, que foram recomendadas pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandettta, que afirmou que esse material pode ser utilizado por qualquer pessoa.  Evandro, que também oferece treinamento de saúde e segurança ocupacional para indústrias da região e ministra o treinamento de Programa de Proteção Respiratório (PPR), explicou que se não utilizada da forma correta, a máscara apenas passará uma falsa impressão de segurança.

Segundo Dal Pietro, as máscaras regulamentadas pelo Imetro começaram a ter uma procura enorme. “Provavelmente o medo é que falte ainda mais esse material para os profissionais que precisam disso. Por isso, é recomendada a utilização desta máscara caseira, que pode ser útil para evitar a propagação do vírus, caso a pessoa utilize-a corretamente”, afirmou.

Evandro lembrou que a máscara não é eficaz para evitar a contaminação do indivíduo que está saudável, mas evita que uma pessoa contaminada de expelir os microorganismos que contêm o vírus.

FORMA CORRETA DE USAR E HIGIENIZAÇÃO

O Técnico de Segurança explica que na hora de colocar a máscara no rosto, é importante manuseá-la pelo suporte que se coloca na orelha, evitando levar a mão na parte facial. “Quando você leva a mão na parte facial da máscara, você pode contaminar a superfície”, disse, acrescentando que, por não estarem acostumados com o equipamento, muitos se sentem incomodados. “Pela falta hábito, tem gente que se sente desconfortável e acaba criando condições mais propícias para a contaminação, pois fica levando a mão para arrumar a máscara o tempo todo. Isso apenas gera uma falsa proteção”, relatou.

Dal Pietro ainda explicou que para a higienização, água e sabão já são o suficiente. “Qualquer material que tem o efeito de tirar a capa de gordura que o vírus tem, já pode matá-lo”, exemplificou, lembrando que também pode ser utilizada a água sanitária.

Para cada litro de água, deve-se por duas colheres de água sanitária e imergir a máscara de 5 a 10 minutos. “Passar o ferro quente também é bom, pois tem uma ação física térmica, que elimina os microorganismos pelo efeito do calor, fazendo a oxidação”, relatou.

QUANDO É HORA DE HIGIENIZAR

Evandro explicou ainda que as máscaras devem ser trocadas a partir do momento em que ela começa a ficar úmida pelo processo da respiração, pois isso facilita que as partículas contaminantes saiam. “Isso ocorre porque quando o tecido umedece, as fibras ficam abertas e a barreira física fica mais fragilizada”, expôs.

Para isso, é importante que se utilize a máscara entre 3 a 4 horas e depois a lave. “Mesmo que ela não esteja tão umidificada, provavelmente pode estar contaminada, dependendo da atividade que a pessoa exerceu”, afirmou.

MÁSCARAS PROFISSIONAIS

Uma máscara profissional em comparação a caseira para uma pessoa comum, não tem vantagens. Segundo Evandro, a profissional pode ser pior, uma vez que o sujeito pode utilizar de forma indefinida, sem respeitar o tempo de saturação. “A máscara chega a um determinado momento que não tem mais capacidade filtrante. Muitas pessoas optaram também pela PFF2 (Peça Facial Filtrante), que são as que contêm um filtro. Mas a pessoa tem que estar alerta com a válvula de exalação”, alertou.

As máscaras denominadas PFF normalmente são descartáveis. Estes respiradores são classificados da seguinte maneira: PFF1, que possui eficiência mínima de 80%; e PFF2, que eficiência mínima de 94%.

Segundo Evandro, apesar dessa máscara filtrar o ar, existem algumas que têm uma válvula de exalação que não devem ser utilizadas. “Essas máscaras são utilizadas para ambientes específicos de trabalho e a válvula dela serve para evitar que mesma fique úmida, liberando o vapor. A válvula de exalação liberará as partículas e caso a pessoa esteja contaminada, o ato de utilizar a máscara para reter esses microorganismos, não será eficaz”, explicou.

O técnico ainda alertou que os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) devem ser deixados aos profissionais de linha de frente, uma vez que já estão escassos. “Por isso a importância de se confeccionar as máscaras de tecido. Se você não é um profissional, se vai apenas andar pela rua e não vai utilizar luvas e óculos, esse EPI não será garantia de segurança”, finalizou.

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