BARRA MANSA
Dezenove pessoas em situação de vulnerabilidade foram removidas das ruas de Barra Mansa e levadas para o Centro de Lazer Feliz da Vida, no bairro Santa Rosa. Há quase duas semanas, homens e mulheres estão abrigados em um espaço que oferece todas as refeições, acompanhamento em saúde e psicológico, atividades físicas e oficinas profissionalizantes. O principal objetivo da iniciativa foi de ofertar um local onde essas pessoas estivessem seguras em relação ao novo coronavírus (Covid-19) e se sentindo parte da sociedade, com os devidos diretos garantidos.
Somando forças a essa iniciativa, a empresa ArcelorMittal desenvolveu o programa ‘Pró-voluntário’ para arrecadação de fundos. “A empresa criou internamente uma campanha de doação entre os funcionários. A cada quantia arrecadada, a instituição irá dobrar o valor. Toda doação será entregue a ONG Laços Solidários que, junto com o Grupo Acolher, destinará o dinheiro para ajudar os moradores em situação de rua, oferecendo cursos profissionalizantes”, informou o prefeito Rodrigo Drable.
Ele ainda continuou. “Recentemente recebemos a visita do Ministério Público no abrigo. Lá, eles nos orientaram a aproveitarmos os abrigados nos nossos serviços público, na manutenção da cidade. Os consultamos e eles gostaram da ideia. Eles querem a oportunidade e nós vamos dar a eles a chance de retomar suas vidas”, completou.
A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos de Barra Mansa, Ruth Coutinho, explicou que todas as secretarias municipais estão trabalhando para o bom funcionamento do abrigo. “A atuação dos profissionais acontece durante 24 horas por dia. Além disso, o prefeito Rodrigo Drable tem se mostrado totalmente comprometido com a política pública das pessoas em situação de rua, acompanhando de perto todo o funcionamento do abrigo. Estamos recebendo doações da cidade toda e isso mostra que as pessoas estão cada vez mais solidárias. A nossa preocupação e decisão de trazer os moradores em situação de rua para o Centro de Lazer Feliz da Vida foi um gesto de solidariedade e humanidade, que deve ser visto com carinho e se tornar um exemplo de amor ao próximo”, indicou Ruthinha.
A psicóloga e a técnica de enfermagem do Consultório na Rua, Grazielly Nacarate e Edna Alves de Souza, respectivamente, informaram como são desenvolvidos os trabalhos pela Secretaria Municipal de Saúde. “No abrigo, cada assistido é responsável por suas tarefas diárias. Eles fazem a limpeza e mantém o espaço organizado. Como parte do atendimento psicológico, eles participam de oficinas de terapias em grupo e individuais. A importância do psicólogo é de mostra que eles são capazes, pois muitos já não acreditavam em si mesmos”, informou Grazielly. “Esse é um trabalho muito bonito e bem feito. Contamos com atendimento médico e de enfermagem todos os dias, fora os voluntários. Aqui eles estão seguros e em constante acompanhamento” completou a técnica de enfermagem.
Morando nas ruas há seis anos, Pedro Azevedo Costa, 52 anos, é um dos mais velhos no abrigo. De acordo com ele, a vida que levava antes de ser acolhido é algo que não deseja mais. “Depois de ter acesso a todas as refeições diárias, um bom lugar para dormir, assistência médica e as atividades, percebi que não estava valorizando a minha vida. Na rua a gente se sujeita a vários riscos. Esta ação da prefeitura tem sido perfeita. O prefeito tem dado toda a assistência, vem aqui todos os dias, conversado com as pessoas. Ele quer nos qualificar e dar oportunidade profissional e isso faz com que nos sintamos enxergados, parte da sociedade”, finalizou o senhor.