RIO DE JANEIRO
Com o reforço de novos equipamentos, reorganização de recursos humanos e parcerias, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pôde ampliar a capacidade de testagem biomolecular de coronavírus do Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) e, já no fim desta semana, zerar a lista de amostras que aguardam laudos. Com isso, o Lacen, que passou a funcionar durante 24 horas por dia, aumentou a capacidade de analisar cerca de 900 amostras diariamente, sendo 500 no próprio laboratório e o restante por meio de parcerias firmadas com o Instituto de Biologia do Exército (IBEX), a Fiocruz e a UERJ.
Desde a entrada do coronavírus no Rio de Janeiro, o Lacen já processou cerca de cinco mil exames, prioritariamente de pacientes graves, profissionais de saúde e óbitos em investigação.
“Essas medidas permitirão que os laudos dos pacientes saiam, em média, 48 horas após a entrada. Com mais agilidade no processo de confirmação ou descarte dos casos, acompanharemos com maior realidade o cenário epidemiológico e a evolução da curva de casos. Essa visão nos ajudará a definir futuras ações de enfrentamento ao vírus”, indica o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.
Outra frente de análise da Covid-19 em que o Governo do Estado tem investido são os testes rápidos em massa. Do 1,2 milhão de kits adquiridos pela SES, o primeiro lote com 700 mil unidades chega nos próximos dias e a previsão é que o restante chegue ainda este mês.
Ainda segundo o secretário Edmar, contar com testes rápidos não significa o uso indiscriminado do material. Ele explica que, no enfrentamento ao coronavírus, tão fundamental quanto ter o insumo será a estratégia aplicada.
“Os testes rápidos nos possibilitarão fazer uma avaliação ainda mais precisa da incidência da doença por regiões”, disse.