>

Diretor executivo do Saae fala sobre abastecimento de água no distrito de Amparo

Por Carol Macedo

BARRA MANSA

Problema com o abastecimento de água no distrito de Amparo é algo que atinge a comunidade constantemente. Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), o motivo se dá pela falta de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) na comunidade, porém, uma parte significativa da população não quer que o equipamento seja instalado. Atualmente, a captação é feita com a água que vem da serra, que é levada por uma tubulação até um reservatório, onde é clorada e em seguida distribuída. Com isso, a população não paga o serviço, contudo, ele não é de qualidade. A situação chegou ao Ministério Público (MP) em 2014, e até então não há uma resposta para o caso. O Saae afirma que tem a intenção de tratar a água do distrito, no entanto, é necessário aguardar a decisão do MP.

O A VOZ DA CIDADE conversou com o diretor executivo do Saae, Fanuel Fernando. Ele explicou que no distrito também existem dois poços artesianos, que abastecem os pontos mais altos. “Nessa semana, funcionários do Saae estiveram no local para realizar reparos em um dos poços, para que a água possa atingir as comunidades mais altas”, contou, acrescentando que sempre há algum transtorno no abastecimento da comunidade.

Já existe uma ETA para ser instalada no local, que ainda precisa passar por reparos. Além disso, segundo o diretor executivo, já foi observada a possibilidade de tratar a água da serra para abastecer o distrito inteiro. De acordo com Fanuel, o investimento não ficaria tão caro.  “Acredito que o MP não irá se manifestar ainda esse ano. Mas nós procuraremos saber deles uma previsão para uma decisão concreta, uma vez que precisamos respeitar o processo para enfim poder dar seguimento ao projeto”, disse.

Fanuel ainda explicou que o tratamento de água no distrito trará benefícios tanto para o Saae, quando para a comunidade. “Apesar da comunidade não pagar água atualmente, o Saae está presente no local realizando manutenção no abastecimento e existem gastos com isso. Já para a população, a ETA trará a garantia de uma água bem tratada. O abastecimento será mais garantido e de forma justa”, ratificou.

Com a água sendo tratada, a população começará a pagar pelo consumo, o que, para Fanuel também resultaria no racionamento. “Sem o racionamento, usa-se a água de forma exagerada e isso causa a diminuição da pressão para que ela chegue também aos pontos mais altos do distrito, com isso, uns usam a água demais e outros de menos”, concluiu.

AS PESSOAS NÃO QUEREM PAGAR ÁGUA’

Segundo um dos membros da Associação dos Moradores do distrito, Solange Marcondes, de 57 anos, as pessoas não querem o tratamento da água, pois não querem pagar. Solange explica ainda, que mora na Rua São Benedito, e por ser um ponto alto, a água não chega bem na sua residência. “O morro do Cruzeiro, está sem água há quatro semanas e tem funcionários do Saae aqui tentando resolver o problema. Outro ponto que sofre com a falta do abastecimento é a Rua Sady Miguel de Oliveira e Roberto Silveira”, disse.

Solange ainda ratificou que com a temporada de chuva, a falta de água é pior. “Nas partes mais baixas da comunidade, existe muito desperdício de água, já nas partes mais altas, não há água. A maioria das pessoas se recusa a pagar, alguns dizem que não podem e outros dizem que a água tratada é horrível”, afirmou, concluindo que a ETA é uma necessidade e deveria ser instalada, queira a população ou não.

Centralizar Anúncio

você pode gostar

Deixe um comentário

Endereço: Rua Michel Wardini, nº 100

Centro Barra Mansa / RJ. CEP: 27330-100

Telefone: (24) 9 9974-0101

Edição Digital

Mulher

Últimas notícias

Jornal A Voz da Cidade. Todos direitos reservados.

Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com o uso de cookies. Aceitar todos