NOVA IORQUE
O Ano Novo chega recebendo mais de 392 mil bebês. O cálculo é do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.
O país com o maior número de nascimentos é a Índia, que dará as boas-vindas a mais de 67,3 mil crianças. O segundo lugar da lista vai para a China, que deve testemunhar o nascimento de pelo menos 46,2 mil bebês. Dentre as oito nações com o maior número de recém-nascidos estão Nigéria (26 mil), Paquistão (16,7 mil), Indonésia (13 mil), Estados Unidos (10,4 mil), República Democrática do Congo (10,2 mil) e Etiópia (8,4 mil).
Gerações
A aposta das Nações Unidas é de que o primeiro bebê de 2020 nasça nas Ilhas Fiji, localizadas no Oceano Pacífico.
Para o Unicef, é hora de governos e líderes internacionais investirem mais no setor de saúde, treinamentos e recursos que ajudam a evitar as mortes de mãe e bebês durante o parto e a gravidez.
A diretora-executiva da agência da ONU, Henrietta Fore, acredita que a chegada de um novo ano e de uma nova década são uma oportunidade de reflexão sobre as aspirações de cada um para o futuro próprio, mas também para o de gerações vindouras.
Infecções
No ano passado, o mundo perdeu cerca de 2,5 milhões de crianças logo nos primeiros meses de vida. Um terço dessas mortes ocorreu no primeiro dia de vida. As causas do óbito, na maioria dos casos, eram evitáveis. Entre elas estavam: complicações no parto, infecções ou nascimento prematuro. Outros 2,5 milhões de bebês foram considerados natimortos, ou seja, estavam mortos quanto chegaram ao mundo.
Apesar de uma situação sombria, o globo tem registrado avanços nas últimas três décadas quando o tema é sobrevivência infantil. O número de crianças que morriam, antes de completar o quinto aniversário, caiu em mais que a metade. Os progressos são menores para os recém-nascidos.
A quantidade de mortes infantis no primeiro mês de vida representou 47% de todos os óbitos de crianças abaixo de cinco anos de idade. Em 1990, esta cifra era de 40%.
Campanha
A campanha do Unicef “Toda Criança Viva” (Every Child Alive campaign) pede investimentos urgentes em profissionais de saúde para que tenham o treinamento adequado, e que eles tenham os medicamentos corretos para assegurar que cada bebê receba o tratamento em casos de complicações adequado no parto e no pré-natal.
A chefe da agência lembra que muitas mulheres e crianças não recebem a assistência adequada, ou que falta o acesso a enfermeiros e parteiras na hora do nascimento. Para Fore, o resultado desta falha é arrasador. Segundo ela, é preciso garantir que milhões de bebês possam ter acesso a esses profissionais, nascendo de forma segura, e sobrevivendo não só ao primeiro dia de vida, mas entrando a esta década e muito mais além. (*Com informações da Agência ONU News).