SUL FLUMINENSE/BRASÍLIA
Uma linha de pesquisa que estima o consumo de drogas ilícitas entre os brasileiros, por meio da análise de esgoto, foi conhecida hoje, 18, pelo deputado federal Antonio Furtado (PSL) e pelo subsecretário de Saúde do Estado do Rio, Bruno Marini. Eles estiveram na Universidade de Brasília (UnB) para conversar com o professor e pesquisador Fernando Sodré e o perito criminal federal do Instituto Nacional de Criminalística, Adriano Maldaner, sobre a pesquisa. A intenção é, com base nas informações passadas pelos pesquisadores, possa ser realizada uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, para que projetos de leis possam ser construídos e beneficiem o país todo.
“Vimos com riquezas de detalhes como funciona esse projeto. Não adianta só apreender quantidades de drogas cada vez mais expressivas, precisamos descobrir a quantidade de drogas que estão sendo consumidas pela população e em quais localidades. Os dados da pesquisa são muito interessantes e precisam ser replicados em todo o país”, falou o deputado federal que é delegado.
Para a realização da pesquisa, são recolhidas amostras em estações de tratamento de esgoto, que permitem identificar as drogas mais utilizadas e a periodicidade do consumo. Assim é possível identificar as localidades com o maior índice de usuários. “É uma linha de pesquisa que busca trazer uma visão diferenciada de como estimar o consumo de diferentes tipos de drogas como a maconha, cocaína e as sintéticas. Considero sempre importante que os resultados produzidos na academia possam subsidiar ações relacionados a segurança pública e a saúde”, explicou o professor Fernando Sodré.
O subsecretário de Saúde do Estado, Bruno Marini, que trabalha com a questão das drogas, disse que com os dados será possível desenvolver estratégias de saúde e segurança pública para coibir o avanço do consumo de drogas no país. “É uma maneira de saber o caminho da droga até o consumidor final. Isso pode ampliar muito os cuidados com a prevenção, pois, sabendo os locais com maior incidência de usuários, direcionaremos palestras nas escolas e qualificação de profissionais para enfrentarmos o problema. Vou apresentar os estudos realizados aqui em Brasília ao Secretário de Saúde, Dr. Edmar Santos, e ao Governador Witzel na certeza de que serão muito úteis no Estado do Rio”, apontou Marini.